Impressões da Bahia: Morro de São Paulo


E chegou meu último fim de semana dessas férias na Bahia. Pra fechar com chave de ouro, Marcos resolveu me levar pra conhecer Morro de São Paulo.
Eu estava meio apreensiva porque tinha voltado a chover, sugeri que talvez fosse melhor irmos para Mangue Seco, que era mais ao norte e talvez o tempo estivesse mais firme. Mas o Marcos já conhecia Morro, já tinha feito contato com um hostel, então resolvemos ir pra lá mesmo.
Olha a via-crúcis: um ônibus de Camaçari até Salvador, quase 45 minutos, outro até o terminal marítimo e dali uma balsa, quase uma hora até Bom Despacho, um ônibus até Valença, que leva umas duas horas e em Valença pegamos uma lancha rápida até Morro de São Paulo.
Nossa, que trampo! Vale a pena?! Vale!!! Vale e muito!!!

De ônibus


De balsa



Pegamos chuva no caminho, eu fiquei mareada na balsa, mas melhorei. Mas o Marcos disse pra eu não me preocupar, que no dia seguinte faria um sol lindo, as gaivotas estariam voando e os golfinhos pulando na água (e ele fazendo a onomatopéia de tudo isso, muito comédia). Chegamos em Morro ainda chovia um pouco, pagamos a taxa ambiental de R$ 18,00 por pessoa, saímos à procura de um hostel, comparamos os preços e acabamos encontrando o que tinha respondido ao e-mail do Marcos, o Hostel Escorregue no Reggae, filiado à Federação Brasileira de Albergues da Juventude. Olha que bonitinho, o Marcos escolheu esse só porque reggae é um dos meus ritmos favoritos.

Valença

De lancha
Big Mac Ronald!!!

Valença
A diária era R$ 45,00 por pessoa, mas com a carteirinha saía por R$ 40,00, e minha carteirinha tinha vencido em junho. Sem problemas, na hora do check in fomos muito bem atendidos pelo Vander, muito atencioso, se prontificou a revalidar minha carteirinha na hora pra eu conseguir o desconto. Cada quarto tem o nome de uma banda de reggae, nós ficamos na Israel Vibration, e nem precisa se esforçar pra saber qual estilo musical toca ali o dia todo, né? Pudera, o dono do hostel é o Rasta, então não preciso dizer mais nada, né? Ah, e a Vivianne também, todos simpáticos demais.
Muito gostoso o ambiente. Tinha uma moçadinha lá, uns adolescentes franceses, e tirando o tutor deles, que era cinquentão, nós éramos os mais velhos ali, não sei se era por isso, mas tivemos a impressão de termos recebido tratamento especial, rssssss!
Chegando em Morro
Portal de entrada, é uma subida e tanto!





Fomos conhecer o centrinho da ilha e depois descemos pra orla, onde ficam os bares e barracas de bebidas típicas. Me apaixonei. Muito artesanato, que eu amo, no centro e muita beleza na beira da praia, tomada por restaurantes num clima bem exótico. Tomei um coquetel não alcoólico, de coco com maracujá, huuuummmmmm! Comprei algumas lembrancinhas, subimos uma escadaria enorme pra chegar no teatro, mas não tinha nenhuma apresentação lá, então descemos de novo, e já era tarde, voltamos para o hostel.


Essa escadaria parece não ter fim
Mas ao final da escadaria tem essa praça, tem um teatro
Fonte Grande

Muito artesanato no centro
E restaurantes na orla

E esse capoeirista já foi um coqueiro!
Hora de descansar!

Na manhã seguinte, após o café da manhã que estava uma delícia, queríamos ver de perto o farol, achamos outra escadaria para subir, essa bem rústica mesmo, levava ao farol, então subimos, subimos, subimos, cansamos, passamos por um cemitério antigo e abandonado (ficamos imaginando levar um caixão morro acima daquele jeito, que sufoco!), subimos mais, cansamos muito, e subimos mais um pouco, e quando chegamos lá o Marcos se surpreendeu por não haver um anjo tocando trombetas depois de todo nosso esforço!


Tá explicado o nome MORRO de São Paulo!
Cheguei viva lá no alto!
Realmente parecia que os anjos tocariam as trombetas, #sqn!

E tem essa tirolesa aí do lado

O farol é lindo! A vista é magnífica, tem umas ruínas com canhões, e um mirante, ao lado da tirolesa, eu admirava aquele mar lindo, quando de repente vi uma coisa na água, lá embaixo, por causa de distância não distingui bem, pra falar a verdade achei que fosse um corpo (credo!), mas olhei bem e vi, maravilhada, que eram golfinhos, eles estavam pescando e alguns peixinhos "voavam" sobre as águas tentando escapar, por mim não precisava ver mais nada, aquilo pra mim já estava de bom tamanho, e não é que a previsão do Marcos se concretizou??! Dia lindo, fragatas voando e vários golfinhos!!! Mas tínhamos pouco tempo, então descemos para as praias, passando pelo centrinho, andamos da 1ª até a 4ª Praia, entramos num hotel fazenda para conhecer as instalações, e ali você pode passar o dia se almoçar no local, tem piscina e uma área verde incrível.



Foi aqui que vi os golfinhos



Uma coisa interessante é que na ilha não é permitido circular com veículos automotivos, mesmo porque a estrutura dela não comporta automóveis, a única excessão é para a polícia que faz rondas de moto e a motobulância.





Água morninha e transparente!
Depois de uma overdose de belezas naturais voltamos ao hostel pra fazer o check out, pegamos minha carteirinha nova e fomos andar mais um pouco, comprar mais lembrancinhas e almoçar. Na volta, antes de pegarmos a lancha passamos para ver as ruínas do Forte e a piscina natural que se forma ali perto. Chegamos tarde em casa, e no dia seguinte eu embarcava pra casa... foram dias incríveis, de felicidade pura, matando as saudades do marido, fortalecendo amizades e passeando muito!

Despedindo-se da Vivianne
Fui e recomendo!
A caminho do Forte




Na maré baixa forma-se essa piscina natural

















Dicas úteis:

A Bahia é dividida em 13 Regiões Turísticas, sendo que Morro de São Paulo faz parte da região denominada Costa do Dendê.
É cobrada uma taxa de Preservação Ambiental para entrada na ilha - R$ 18,00 por pessoa, sendo isenta para crianças até 05 anos e maiores de 65 anos de idade.
Existem muitas agências que fazem diversos tipos de passeios, inclusive de observação de baleias, mas muitos locais são de fácil acesso, sem necessidade de guia.
Vale a pena ter a carteirinha da HiHostel:
http://www.hihostelbrasil.com.br/hostels_brasil/morro_sao_paulo.html

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